O presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) não se sensibilizou com a última tentativa de parlamentares do Rio de Janeiro de adiar a votação do veto da presidente Dilma Rousseff sobre uma nova distribuição de royalties do petróleo em áreas já licitadas. Os fluminenses desejam um acordo pelo qual a União anteciparia recursos a Estados não produtores e seria mantido o critério de distribuição de royalties nas áreas já licitadas. "No dia da votação isso não cabe mais. O melhor é votar. Precisamos virar essa página", disse Calheiros.
A disputa sobre os royalties começou em 2009 no debate sobre o marco regulatório para a exploração do petróleo do pré-sal. No ano seguinte, foi aprovada a chamada emenda Ibsen Pinheiro, que dividia todos os recursos, inclusive do pós-sal, entre todos os Estados e municípios pelos critérios dos fundos de participação. O presidente Lula vetou a proposta e no ano passado o Congresso aprovou um texto que busca congelar as receitas dos produtores em patamares de 2010 e dividir o restante. A presidente Dilma vetou e optou pela aplicação dos novos percentuais de distribuição apenas para contratos futuros. É este veto que será agora colocado em votação.