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Derrubada de veto dos royalties era 'inevitável', afirma Eduardo CamposCarioca, ministro Luiz Fux não vê problema em julgar ações sobre royaltiesRio suspende todos os pagamentos até Supremo decidir sobre royalties''Não há vencidos e vencedores' nos royalties, afirma líder do governo no SenadoPara o presidente da Firjan, a decisão é contrária à Constituição do país. Parecer elaborado pelo ex-ministro da Justiça, Celio Borja, a pedido da entidade, demonstrou a inconstitucionalidade desse ato. “É uma pena, porque a administração pública do estado e a dos municípios ficam inseguras até ter uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse em entrevista à Agência Brasil.
A Firjan reiterou apoio ao governo fluminense no recurso que será encaminhado ao Supremo visando a garantir o respeito à Constituição Federal. “Estamos apoiando há muito tempo. É a única solução para irmos adiante em função do que o Congresso votou. Temos que desempatar isso no Supremo”, declarou Gouvea Vieira.
"A derrubada do veto de Dilma Rousseff provocará uma perda para o estado e os municípios do Rio de Janeiro de cerca de R$ 77 bilhões nos próximos sete anos. É uma barbaridade. São R$ 10 bilhões por ano dos orçamentos públicos. Isso quer dizer segurança, quer dizer saúde, educação, infraestrutura. Isso é um dano brutal para a população do Rio”, completou.
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, disse que o município será afetado diretamente pela queda no volume de royalties e participações especiais (reparação pela exploração de grandes campos de extração, como os da camada pré-sal descoberta na costa brasileira recentemente. De acordo com ele, Maricá apresenta a segunda maior taxa de crescimento populacional do estado do Rio de Janeiro.
O volume de royalties e participações especiais representou R$ 20 milhões para o município de Maricá, somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, de acordo com informação da Secretaria Municipal de Fazenda. A cidade recebe, em média, R$ 9 milhões por mês. Considerando a lei em vigor, a projeção da secretaria é que os ganhos na cidade aumentariam em torno de 65% este ano. Em 2012, a arrecadação do município alcançou R$ 112 milhões, com aumento de 64,86% em comparação ao ano anterior.
O secretário municipal de Fazenda, Roberto Santiago, destacou que as novas regras vão reduzir o repasse. "Isso terá um efeito desastroso para a economia local e os investimentos em obras de grande porte. Todo o nosso plano de desenvolvimento econômico será afetado. Não é uma perda apenas para o governo, mas um retrocesso para a nossa cidade”.