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Estado de Minas

Lacerda se encontra com prefeitos da Grande BH e mira 2014

Socialista começa a fazer reuniões técnicas com prefeitos da RMBH em busca de soluções para as cidades. Nesses encontros, ele tenta também se fortalecer politicamente, de olho nas eleições


postado em 09/03/2013 00:12 / atualizado em 09/03/2013 08:09

A pouco mais de um ano das eleições ao governo de Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), dá o primeiro sinal de que não pretende ter papel coadjuvante no jogo eleitoral de 2014. Ele começou ontem, em encontro com o prefeito de Sabará, Diogenes Fantini (PMDB), uma série de reuniões com os chefes de Executivo da região metropolitana, para discutir soluções para problemas comuns às cidades. Ao assumir essa coordenação política da Grande BH, Lacerda tenta ganhar musculatura política para o ano eleitoral.

A máxima apontada pelo planejamento estratégico da Prefeitura de Belo Horizonte é a de que a cidade só vai bem se toda a região metropolitana estiver bem. O argumento, que se justifica tecnicamente, assume ingredientes políticos quando Lacerda também começa a figurar em pesquisas de opinião encomendadas por aliados como eventual candidato ao governo de Minas. A princípio, são só sondagens exploratórias. A avaliação do peso político do prefeito no estado, contudo, nada tem de técnica. Lacerda começa o debate técnico com os prefeitos da área metropolitana, detentora de mais da metade do PIB de Minas Gerais e um quarto do eleitorado do estado, e poderá colher à frente dividendos políticos.

A conquista da região metropolitana é o primeiro passo de todo candidato ao governo de Minas. Como prefeito da capital, a candidatura de Lacerda seria, em princípio, natural. Quando disputou a reeleição no ano passado, rompendo com o PT, tornou-se um aliado dos tucanos e o apoio a uma eventual candidatura socialista virou uma possibilidade ao sabor da conjuntura nacional. Depois do primeiro embate político com o PSDB para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal e as refregas para a composição do secretariado, a possibilidade de Lacerda ser bancado pelos tucanos perdeu força: o socialista despontou como um aliado excessivamente independente.

Ao mesmo tempo, no seio da base aliada de Antonio Anastasia, se colocam nomes como o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, e o presidente da Assembleia, Dinis, Pinheiro (PSDB). A equação da chapa majoritária precisa ainda contemplar o governador Antonio Anastasia, que se coloca como candidato ao Senado.

Do lado da oposição ao PSDB no estado, são candidatos Fernando Pimentel (PT), ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O PMDB, que a princípio acena com a candidatura do senador Clésio Andrade, tenderá a uma interlocução política privilegiada com petistas no ano que vem, principalmente porque o PMDB de Minas vai indicar um ministro para o governo Dilma nos próximos dias. Por enquanto, o mais cotado é Antônio Andrade, deputado federal e presidente da legenda, possivelmente para o Ministério dos Transportes ou o Ministério da Agricultura.

Acertos

O jogo estadual, contudo, será diretamente afetado pelos acertos nacionais. De um lado, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), do partido de Marcio Lacerda, posa de candidato ao Palácio do Planalto, e em Fortaleza, pelo momento, o governador Cid Gomes (PSB) comanda o racha na legenda anunciando a disposição de apoiar a reeleição de Dilma Rousseff. De outro, o senador Aécio Neves (PSDB) é o mais forte nome em seu partido para receber a indicação. Se as duas candidaturas vingarem, nunca o PSB e o PSDB precisarão tanto um do outro no enfrentamento à reeleição da presidente. Lacerda, que nunca manifestou a intenção de concorrer ao Palácio Tiradentes, poderá ser peça no tabuleiro a partir de um acordo nacional entre tucanos e socialistas.


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