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O governo Dilma representou uma migração de poder econômico do PMDB em direção ao PT. Em 2003, ainda sem o PMDB em sua base de sustentação, Lula deu 16 ministérios ao PT, para administrar 38% dos recursos da União para investimentos. O PL do vice-presidente José Alencar, hoje PR, detinha apenas o Ministério dos Transportes, mas essa pasta, sozinha, tomava conta de 24% do montante de investimentos, que colocava o partido no segundo lugar em poderio econômico. Reeleito em 2006, depois de sobreviver à crise do mensalão, Lula destinou sete ministérios ao PMDB, que passou a administrar a maior fatia de recursos entre os partidos da base. Os 32% do orçamento de investimentos controlados pela sigla correspondiam a R$ 12,8 bilhões em 2007, distribuídos entre as pastas de Saúde, Minas e Energia, Integração Nacional, Defesa, Comunicações, Agricultura e Assuntos Estratégicos.
Ainda com as feridas abertas pela crise de 2005, o PT comandava 15 ministérios, mas tinha sob seu controle apenas 18% dos investimentos da União. Era superado pelo PR, ainda à frente do Ministério dos Transportes, com 27% dos investimentos; seguido de perto pelo PP, que, à frente da pasta de Cidades, controlava 17% dos recursos para investimentos da Esplanada.