Os vereadores de Belo Horizonte seguem trabalhando em marcha lenta. Nessa segunda-feira, no momento de apreciarem os vetos que travam a pauta de votação, não houve quórum. A lentidão pode ser avaliada como uma estratégia do governo, que ainda aguarda uma consolidação da base, após as turbulências ocorridas na eleição da mesa diretora, para acelerar os trabalhos.
O líder de governo, vereador Preto (DEM), pediu aos colegas que apreciassem parte dos 23 vetos. Mas, apesar de 39 dos 41 vereadores registrarem a presença no plenário quando foi feita a verificação do quórum, o número caiu para 14, insuficiente para votação. Preto avalia que as negociações para o segundo e terceiro escalões na prefeitura devem ajudar a consolidar o apoio da maioria ao prefeito Marcio Lacerda (PSB).
Preto entende que grande parte dos vereadores conseguirá emplacar indicações e o prefeito terá mais segurança para enviar projetos para a Casa. “O Lacerda está conversando com os partidos, pois as indicações serão pelas legendas”, afirma o vereador. Na próxima semana, segundo o líder, a prefeitura deve enviar os primeiros projetos para o Legislativo. “Só é possível manter os projetos quando se tem a base unificada”, complementa.
Enquanto Lacerda tenta unificar a base, a oposição se organiza. Ontem, foi anunciado que o líder da bancada do PT será o vereador Pedro Patrus. A escolha foi feita por consenso entre os seis vereadores do partido, que também apontaram Tarcísio Caixeta como vice-líder. “Demonstra unidade e que o partido não está rachado”, entende Pedro Patrus. O líder petista anuncia que o partido – fora do poder municipal após 20 anos – fará uma oposição vigorosa, mas que não será baixa.
Posse
Com a saída dos vereadores Daniel Nepomucemo (PSB) e Bruno Miranda (PDT) para o secretariado da prefeitura, outros dois suplentes se tornaram vereadores. O estreante Wellington Bessa, o Sapão (PSB), e Moamed Rachid (PDT), que retorna à Casa. Rachid já havia assumido o posto na semana passada e ontem foi a vez de Sapão.
O vereador teve mais de 90% de seus votos na Região do Barreiro e tem atuação como presidente do Conselho Municipal de Saúde e também do Conselho de Saúde do Barreiro. Sapão opinou sobre a epidemia de dengue que afeta a cidade. “Um dos problemas é que o pessoal não recebe o agente em casa”, afirma.