A presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira em Água Branca (AL), ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da cerimônia de entrega dos dois primeiros trechos do Canal do Sertão, obra que desvia parte das águas do Rio São Francisco para o sertão alagoano. No discurso, Dilma destacou as ações emergenciais contra uma das maiores secas da história do Nordeste e prometeu ajuda para retomar a produção quando a chuva voltar e recompor o rebanho perdido pelos produtores rurais durante a estiagem, que começou no ano passado.
Usando expressão mencionada antes pelo governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), a presidente afirmou que a obra vai "desembestar". Até agora, o governo federal já aportou R$ 1 bilhão na obra, que está inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os novos trechos terão investimento de mais R$ 1,1 bilhão, segundo anunciou Dilma.
A presidente destacou as medidas que vêm sendo tomadas para o combate à seca. "Não temos como impedir que a seca ocorra, mas temos como impedir que nos atinja", disse. Dilma listou os programas Garantia Safra e Bolsa Estiagem, a contratação de carros-pipa pelo Exército e a compra de milho subsidiado como algumas das ações emergenciais. Disse ainda que os programas Bolsa Família e 'Minha Casa, Minha Vida' também ajudam os habitantes da região.
Dilma afirmou que vai começar a preparar agora um programa para garantir melhorias de vida após a seca. Citou como exemplo a recomposição do rebanho. "É um programa de retomada. Quando a seca passar, não basta chover, vai ter de recuperar rebanho, bode, cabra, bovino, galinhas. O governo federal está atento a isso. Não posso recuperar quando tem seca, porque vai morrer outra vez, quero assegurar ao pequeno produtor que teve cabrinha morta, seu boizinho, que o governo federal vai recompor isso", disse. A presidente afirmou ainda que serão distribuídas sementes desenvolvidas pela Embrapa e que será providenciada a construção de silos.
A presidente fez ainda uma exaltação à economia brasileira destacando a redução dos juros, o crescimento do emprego e a redução de impostos, como no caso da cesta básica. Afirmou que o povo brasileiro tem capacidade para superar dificuldades e fazer o País crescer. "Um país que tem um povo com capacidade de resistir, tendo água, universidades, escolas, estradas, rodovias portos. Somos um País invencível".