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Marcos Valério, advogados e delegados da PF têm R$ 14 milhões bloqueadosDenunciado por Marcos Valério, investigação contra Lula deve ser rápida em MinasAcusação de Marcos Valério contra Lula será avaliada em MinasPolícia Federal convoca Marcos Valério para novo depoimentoProcuradoria da República ouvirá Marcos Valério novamenteMP abre seis investigações após denúncias de Valério contra Lula Depoimento de Valério sobre Lula é enviado a BrasíliaO suposto esquema de desvio de dinheiro público que teria de ir para a publicidade foi criado por Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB, e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, que integra a estrutura do Banco do Brasil, de acordo com o depoimento de Valério.
Os três senadores do PT que compõem a comissão se colocaram prontamente contra ao requerimento. Para Jorge Viana (AC), esse assunto já está esgotado, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) já encerrou o julgamento do mensalão. "Teria sido importante para o País se ele tivesse contado a origem que ele montou, inclusive envolvendo partidos que governaram esse país antes da gente, mas que ainda está dependendo de um julgamento do Supremo", afirmou.
Aníbal Diniz (AC) disse que o convite a Valério para falar de seu depoimento à PGR, mesmo após a condenação dele no mensalão, não representa contribuição para o processo. "Em que podemos contribuir para um julgamento que já teve 53 sessões com todos os ministros? É chegada a hora de o Brasil seguir em frente. Se temos um processo eleitoral por acontecer em 2014, vamos tratar dele, mas sem expor nomes, como do ex-presidente Lula".
Lula
O temor dos senadores petistas com a presença de Valério na Casa deve-se ao contexto de sua fala na PGR. No mesmo depoimento em que tratou do BB, o publicitário também afirmou que Lula foi informado, em reunião no Palácio do Planalto, dos empréstimos nos bancos Rural e BMG para viabilizar o pagamento de propina a deputados da base governista e deu "OK".
Operador do mensalão, Valério afirmou ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, hoje diretor do Instituto de Lula. E disse ainda que os R$ 4 milhões pedidos por seus advogados foram pagos pelo PT. Segundo o publicitário, o pagamento foi "a contrapartida" pela participação dele no esquema.