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Durante o encontro, foi decidido que o grupo focará na investigação de 164 casos de mortos e desaparecidos no Estado do Rio durante a ditadura militar. "Este número teria sido levantado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, mas precisa ser confirmado. Aí estão incluídos Rubens Paiva, Mario Alves, e Stuart Angel. Vamos procurar saber o que aconteceu com essas pessoas, como foram assassinadas e a mando de quem", explicou Damous.
O presidente da Comissão disse ainda que serão analisados casos emblemáticos que, apesar de não terem resultado na morte de civis, causaram grande comoção, como a bomba na OAB (1980) e a bomba no RioCentro (1981). "Também vamos investigar os mecanismos que a repressão se valia, como financiamentos privados. Vamos lembrar da casa da morte de Petrópolis, uma propriedade privada que foi cedida à ditadura para assassinatos. De lá quase ninguém saiu vivo. Só uma pessoa conseguiu sobreviver".
De acordo com o decreto, a Comissão - que ficará na estrutura da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) - funcionará por dois anos contados a partir da data de sua instalação e, ao final, deverá apresentar relatório contendo as atividades realizadas, fatos examinados, conclusões e recomendações. O grupo contará com o auxílio de dez assessores, que serão remanejados de outros órgãos do Estado do Rio.
O decreto diz ainda, em seu artigo 3º, que os membros da Comissão serão nomeados pelo governador. Apesar disso, a SEASDH informou que os nomes não foram publicados ontem porque, como a comissão fica a cargo da Secretaria, a nomeação será feita pelo próprio órgão, o que ocorrerá "muito em breve". Já Damous disse esperar que os membros sejam nomeados nesta quinta-feira (14).