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Gilmar Mendes critica pressão para STF decidir sobre royaltiesDeputado volta ao STF para anular decisão sobre royaltiesFux disse que vai priorizar royalties se houver problema sério para o paísDeputado busca saída para destinar à educação royalties do petróleoDestino dos royalties do petróleo começa a ser discutido hoje no CongressoGovernadores reclamam do tratamento dado pelo Planalto e fazem cobrançasNo Palácio do Planalto, contudo, a proposta foi entendida como “fazer cortesia com o chapéu alheio”, segundo um interlocutor da presidente Dilma Rousseff. Para o governo, não faria sentido embarcar em um novo debate sobre royalties em torno de uma proposta que cria R$ 4,5 bilhões em despesas, sem apontar para uma nova fonte de recursos para cobrir esse gasto. Qualquer iniciativa nesse sentido no Congresso encontrará a resistência do Planalto.
“É preciso saber que não dá para judicializar essa questão. Estados produtores, não produtores e governo precisam dar um passo atrás e outro à frente. Ainda sentaremos e discutiremos isso”, disse Campos ontem, depois de reunião entre 23 governadores e os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir o pacto federativo.
A proposta de Campos havia sido defendida pelas bancadas do Rio e do Espírito Santo antes da sessão que derrubou os vetos aos royalties no ano passado. Representantes de estados não produtores, porém, não aceitaram fazer qualquer acordo. O comunicado de que o Congresso não aceitou os vetos de Dilma foi encaminhado ao Planalto nessa quarta-feira. A presidente tem 48 horas para promulgar a lei.
Pacto federativo
Na busca por maior equilíbrio federativo, os governadores aproveitaram a reunião de ontem para definir uma pauta com quatro propostas prioritárias para o socorro dos estados, apresentados como em situação de “míngua”: a redução em 33% do percentual de pagamento das dívidas dos estados, que hoje está em torno de 12%; o aumento de 16% para 30% no limite de movimentação de recursos destinados para investimentos; o repasse para os governos estaduais de 13% dos recursos arrecadados com a Cofins e com a CSLL para compensar a perda de arrecadação decorrente das desonerações de IPI – que impacta diretamente no Fundo de Participação dos Estados (FPE); a obrigatoriedade que o Congresso aponte fontes de recursos para as despesas criadas para os estados, a exemplo do piso nacional do magistério e do piso salarial nacional para bombeiros e policiais militares; e a redução para zero da alíquota que incide sobre o Pasep.
Em Minas Gerais, por exemplo, o 1% pago a título de contribuição social chega a R$ 30 milhões mensais. “Como envolve valores expressivos, a eliminação da contribuição do Pasep pelos estados seria um passo muito favorável não só para o fortalecimento da Federação, como também para o aumento das receitas estaduais”, defendeu o governador Anastásia. As propostas apresentadas pelos governadores têm como objetivo dar uma folga no caixa dos estados. (Colaboraram Juliana Braga, Juliana Colares e Almiro Marcos)
Mais espaço para tucanos
Os governadores do PSDB defenderam, durante jantar na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em Brasília, na noite de terça-feira, que o provável presidenciável tucano viaje mais pelo país para defender as bandeiras do partido. Os governadores temem que a legenda perca espaço em relação aos demais concorrentes – a presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos – ao Palácio do Planalto. Para eles, embora importante para fustigar o Planalto e o PT, o PSDB não pode ficar restrito aos seminários temáticos que pretende realizar quinzenalmente no Congresso Nacional. O próximo discutirá a política de concessões do governo federal na área de infraestrutura. Aécio, contudo, resiste à ideia. Os planos dele é esperar a convenção do partido, em maio, que deve elegê-lo presidente da legenda. A partir daí, com o partido unificado em torno de seu nome, chegaria a hora de percorrer o país. (PTL)