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Eduardo Campos lamenta críticas a sua proposta para royaltiesGoverno não antecipará receita de royalties, diz relatorNovas regras dos royalties só valerão em maio, diz ANPDilma diz que agências reguladoras serão fortalecidasDilma não responde às críticas de que governo tem excesso de ministériosEspírito Santo também pede ao STF derrubada de lei dos royaltiesRio pede ao STF derrubada integral de lei dos royaltiesDerrubada de veto não revoga MP que destina royalties do petróleo à educação, diz CGU“É lamentável que a proposta (de acordo) venha agora que os vetos já foram derrubados”, reclamou Pezão. Na terça-feira, o chefe do Executivo de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), reuniu-se com 15 governadores e propôs um acordo no qual a União anteciparia parte da receita a estados não produtores e, quando eles recebessem os recursos da partilharia, pagariam a dívida.
O gesto de Campos foi interpretado como um movimento político para conquistar um terreno em que ainda não é conhecido, a Região Sudeste, e, ao mesmo tempo, se contrapor à presidente Dilma Rousseff. Para o Planalto, ele tentou “fazer bondade com o chapéu alheio”. Segundo a assessoria do governo do Espírito Santo, o governador Renato Casagrande também considera a discussão tardia e só vê solução em uma decisão da Justiça.
Os parlamentares discutiram ontem a medida provisória que destina 100% dos royalties à área de educação. A matéria se tornou, nos últimos dias, instrumento de negociação entre estados produtores e não produtores, que chegaram a cogitar a inclusão, no texto, da proposta de antecipação, pelo governo federal, das receitas dos royalties aos estados não produtores. Ontem, o relator da matéria, Carlos Zaratini (PT-SP), disse que a MP pode ser alterada.
A audiência que pretendia debater o tema, ontem, no Congresso, foi esvaziada. Somente seis parlamentares estavam presentes. Alguns convidados, como a presidente da Petrobras, Graça Foster, faltaram. Houve preocupação com a previsão de técnicos do Ministério de Minas e Energia de arrecadar menos com a produção de royalties.