O atual líder do governo, deputado Samuel Moreira (PSDB), deve ser eleito presidente com enorme maioria de votos. Seu único opositor é Carlos Giannazi (PSOL), líder dele mesmo e provavelmente candidato de um voto só - o seu próprio. Ênio Tatto (PT) ficará com a primeira secretaria, que cuida dos departamentos de Finanças e Recursos Humanos, e Edmir Chedid (DEM) será o segundo secretário, responsável, entre outras coisas, pelas obras e pela frota de veículos da Assembleia.
A composição rompe uma tradição do parlamento de ocupação da segunda secretaria pelo partido com a terceira maior bancada - atualmente o PV, com sete deputados. PT e PSDB, no entanto, decidiram mantê-la com o DEM, que tem seis. Para contemplar os verdes, os tucanos abriram mão da primeira vice-presidência, que será ocupada por Chico Sardelli (PV). O cargo ganhou importância porque uma eventual renúncia do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) para assumir um ministério no governo federal coloca Samuel Moreira como o segundo na sucessão estadual.
Gianazzi afirma que será candidato porque não quer participar do consórcio para lotear os cargos da Assembleia. Vão legitimar ainda mais a falta de independência do Legislativo, que só homologa as decisões do governo Alckmin. É um absurdo que os partidos tenham se curvado a essa lógica pragmática.
O líder do PT, Alencar Santana, sustenta que só será possível não se colocar de acordo com os tucanos quando o partido conseguir formar uma maioria na Casa. Enquanto não tivermos, infelizmente vamos ter que compor a Mesa, diz ele. Temos que participar das decisões. Não podemos estar fora. Uma coisa é oposição ao governo, outra é a Assembleia. A Mesa é dirigida pelo conjunto dos deputados. Ele diz que o acordo com o PSDB é razoável, mas defende que a presidência deveria ser do PT. Samuel Moreira não tem dado declarações à imprensa. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.