Pela segunda vez em menos de uma semana, belo-horizontinos tomaram as ruas para protestar contra a presidência do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da câmara dos Deputados. Em um movimento organizado em parceria entre a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis, Transexuais e Transgêneros (ABGLT) e o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Belo Horizonte (CELOS - BH), manifestantes se reuniram na Praça Sete com cartazes, faixas e palavras de protesto.
A concentração, iniciada às 14 horas, seguiu as Avenidas Afonso Pena e Amazonas e terminou na Praça da Estação, onde um carro de som foi disponibilizado para aqueles que desejassem expressar seu descontentamento com lemas como "para lutar e resistir, Feliciano vai cair".
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Pastor Marco Feliciano quer ser presidente da RepúblicaPresidente da Câmara pede a Feliciano equilíbrio na Comissão de Direitos HumanosBH tem ato contra eleição de Marco Feliciano para comissão de Direitos Humanos Câmara prorroga CPI do Tráfico de Pessoas por mais quatro mesesDeputado Jean Wyllys irá à Justiça contra Feliciano por divulgação de vídeo Deputados lançam Frente Parlamentar dos Direitos Humanos em oposição a FelicianoVídeos na internet mostram cultos em que deputado e pastor Feliciano faz críticas a gays"O ato foi muito bom e demonstrou que a população de Belo Horizonte não está satisfeita com a presidência de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos", explicou Carlos Magno da Fonseca, presidente da ABGLT e organizador do evento na capital.
Segundo Fonseca, o objetivo da mobilização nacional é não somente a expulsão de Feliciano do cargo, mas tambvém a formação de uma Comissão de Direitos Humanos plural e democrática. "Queremos um órgão que nos represente plenamente, algo que não acontece nos dias de hoje", afirmou.
Para Carlos Magno, as manifestações em repúdio ao pastor estão longe de acabar e, se Feliciano insistir em sua permanência no cargo, provisões mais drásticas serão tomadas. "Caso continue na presidência, a ABGLT entrará com uma representação denunciando o país no comitê de direitos Humanos ONU", avisou. "Não podemos contar com um indivíduo racista, homofóbico e envolvido em corrupção nos representando", completou o organizador
Além de membros da comunidade LGBT, o protesto contou com a participação membros do movimento de direitos humanos, do movimento negro e representantes de religiões afrodescendentes.