Para levantar os R$ 20 bilhões, o prefeito disse que pretende recorrer "a todas as fontes de financiamento possíveis". Parte deste valor virá dos cofres municipais, outra sairá do governo estadual, mas a expectativa é que os recursos mais robustos venham dos programas federais. "A grande parte disponível está no governo federal", admitiu.
No périplo por mais recursos, nesta quarta-feira o prefeito se juntará em Brasília aos colegas gestores de capitais para discutir com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a troca do indexador da dívida de Estados e municípios. No início do ano, o Executivo enviou ao Congresso uma proposta que altera o indexador das dívidas, de IGP-DI mais 6% a 9% ao ano, para IPCA mais 4% ao ano ou a taxa básica de juros da economia, a Selic, caso a soma dos encargos seja maior. A dívida de São Paulo atualmente supera os R$ 50 bilhões.
No encontro com os empresários do Secovi, o prefeito pediu que o setor participe dos debates sobre a revisão do novo Plano Diretor (a ser encaminhado à Camara dos Vereadores em agosto deste ano) e da criação do Arco do Futuro (promessa de campanha que propõe a implantação de um anel urbano). Haddad disse que o Plano Diretor precisa ser discutido com urgência porque a cidade vive um momento crucial do ponto de vista urbanístico. Ele também anunciou que em abril encaminhará ao Legislativo a revisão da Lei de Desenvolvimento Econômico para a Zona Leste, a qual prevê incentivos fiscais para a região.