Segundo o presidente da Câmara, os técnicos do governo ficam em seus gabinetes, em Brasília, e não sabem o que realmente o povo precisa. “As emendas parlamentares vão, justamente, atender as necessidades da população que o Executivo não enxerga, mas o parlamentar sim”. Após aprovada pela CCJ, a PEC terá que ser apreciada por uma comissão especial que irá analisar seu mérito antes de ser levada à votação no plenário da Câmara, em dois turnos de votação. Henrique Alves disse que se as propostas forem aprovadas esta semana pela CCJ, na terça-feira (26) ele instalará a comissão especial para apreciá-las.
Além de instituir o Orçamento Impositivo, a PEC 565 também estabelece que o Congresso Nacional só pode entrar em recesso parlamentar de fim de ano depois de aprovar o Orçamento Geral da União. Assim como ocorre com a votaçãio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tem que ser aprovada no primeiro semestre de cada ano. Atualmente, a Constituição estabelece que o Congresso só pode entrar em recesso em julho após aprovar a LDO.
De autoria do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), que morreu em 2007, a PEC 565 foi aprovada, em dois turnos de votação pelo Senado, em 2006, quando foi encaminhada à Câmara. Na CCJ, ela e os 15 apenses estão sendo relatados pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP), que deu parecer favorável à admissibilidade.