Pelas estimativas, o Estado que mais ganha em termos absolutos é a Bahia, com aumento entre 2012 e 2017 de quase R$ 2 bilhões. Os recursos subiriam dos atuais R$ 5,8 bilhões ano passado para R$ 7,8 bilhões daqui a cinco anos. Maranhão (R$ 1,6 bilhão), Ceará (R$ 1,5 bilhão), Pará (R$ 1,4 bilhão) também registrariam, se a proposta for aprovada, os mais expressivos aumentos. Para todas as unidades da federação ao final de cinco anos, o FPE distribuiria R$ 83 bilhões em recursos, mantido os critérios de crescimento de inflação e do IR e IPI.
Pela nova proposta de Pinheiro, a partir de 2013 o piso da arrecadação do fundo que será repassada aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente do que for recolhido via FPE, segundo o parecer, deverá ser rateado até o final de 2017, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2017, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo petista continuará em vigor.
Após uma reunião com o PMDB, que decidiu apoiar a proposta, Walter Pinheiro sustentou esta tarde que o projeto garante o "respeito a contratos". "Que contratos são esses? Estados fizeram planos plurianuais e esses planos guardam uma relação direta com orçamento, com recursos. Portanto, estados se planejaram", disse. "Nós fizemos garantir esse valor, projetá-lo para frente e só teremos mudanças no excedente", completou.
Uma reunião com a presença de senadores da bancada do PMDB, do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Walter Pinheiro decidiu marcar a votação dos novos critérios para o dia 26.