A ordem para voltar não partiu da presidência da Câmara. Segundo a reportagem apurou, Zé Careca não pediu autorização para voltar nem recebeu orientação para fazê-lo. A decisão partiu do servidor, que pela primeira vez nos últimos oito meses resolveu sentar no local onde costumava acessar o sistema. Ele permaneceu lá até perceber que estava sendo fotografado. Imediatamente, levantou e contatou a polícia da Casa, solicitando a retirada do fotógrafo do mezanino.
Em nota, o atual presidente da Câmara Municipal, José Américo (PT), lamentou o episódio e informou que “qualquer veículo de comunicação ou profissional de imprensa pode registrar livremente, por meio de imagens, o que ocorre nas sessões plenárias”. A presidência também ressaltou que, por enquanto, não há qualquer tipo de impedimento legal que impeça o trabalho do servidor no plenário.
A fraude ainda é investigada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil. Na época, a reportagem constatou por meio de fotos e vídeos que pelo menos 17 vereadores eram favorecidos pelo esquema.