Poderá ser anunciada nesta quinta-feira a sentença da Justiça Eleitoral a respeito da cassação do mandato do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB). O recurso do Ministério Público Estadual pedindo a cassação do mandato de Burguês por abuso do poder econômico e político está na pauta de hoje da sessão de julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), marcada para 17 horas.
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TRE confirma liminar que mantém Léo Burguês no cargo até julgamento do recurso Léo Burguês diz que erro de cálculo provocou cassação do mandatoLéo Burguês e outros quatro vereadores são condenados pelo TRE a pagar multa Léo Burguês acredita que decisão sobre cassação será revertida Livre do processo, Léo Burguês diz que não vê viés político em acusações contra eleA ação movida pelo promotor Eduardo Nepomuceno contra Leo Burguês pede a cassação do mandato e a inelegibilidade do político por oito anos por considerar que o tucano agiu em desacordo com a lei eleitoral ao ordenar despesas da Câmara com propaganda oficial, incluindo a dele próprio, no ano em que também disputava a reeleição ao cargo de vereador.
Defesa
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês, justificou como “erro matemático” as alegações contidas na ação pedindo a cassação do mandato. “Houve um equívoco no cálculo. Erros acontecem, mas quando for feita a perícia e os números forem analisados, veremos que o cálculo está errado”, afirmou Burguês, na época em que teve o mandato cassado pelo juiz Manoel dos Reis Morais.
Na sentença, que apontou abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral por Burguês, o juiz cita uma média anual de R$ 1,8 milhão, gastos nos últimos três anos para a divulgação das atividades da Câmara de Belo Horizonte. No ano passado, entretanto, segundo o magistrado, esse valor alcançou R$ 2,7 milhões, quase R$ 1 milhão a mais que a média.
Léo Burguês rebateu os números que serviram de base para a ação do Ministério Público Estadual e apresentou valores diferentes. “A Câmara gastou nos últimos três anos R$ 9,3 milhões. O que daria uma média de R$ 3,1 milhões por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milhões, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poderíamos ter gasto”, disse o tucano.