O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Léo Burguês (PSDB), disse que não vê viés político nas denúncias feitas pelo Ministério Público envolvendo seu nome. “Não vejo viés político nisso não. É um momento que a Câmara Municipal estava se colocando de uma maneira diferente na sociedade. Talvez a gente pode estar pensando por causa disso, na questão da nossa independência”, afirmou. O comentário veio nesta sexta-feira, um dia após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) decidir - por unanimidade -, pela extinção do processo que pedia a cassação do mandato e a inelegibilidade do tucano por oito anos.
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Justiça Eleitoral julga nesta quinta-feira recurso para cassar mandato de Léo BurguêsTRE confirma liminar que mantém Léo Burguês no cargo até julgamento do recurso Léo Burguês diz que erro de cálculo provocou cassação do mandatoPoder está centralizado na Câmara de BHDia de bate-boca no plenário da Câmara de Belo HorizonteReeleito vereador em outubro de 2012 e reconduzido, em janeiro passado, à presidência da Câmara de Belo Horizonte, Burguês teve seu mandato cassado, no último dia 19 de fevereiro, pelo juiz Manoel dos Reis Morais, do TRE-MG. A decisão, no entanto, foi revogada pelo também juiz eleitoral Maurício Ferreira, que teve ainda a liminar concedida confirmada pela corte eleitoral, na última terça-feira, por quatro votos a zero.
Defesa
Na época da denúncia, o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês, justificou como “erro matemático” as alegações contidas na ação pedindo a cassação do mandato. “Houve um equívoco no cálculo. Erros acontecem, mas quando for feita a perícia e os números forem analisados, veremos que o cálculo está errado”, afirmou Burguês, na época em que teve o mandato cassado pelo juiz Manoel dos Reis Morais.
Na sentença, que apontou abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral por Burguês, o juiz cita uma média anual de R$ 1,8 milhão, gastos nos últimos três anos para a divulgação das atividades da Câmara de Belo Horizonte. No ano passado, entretanto, segundo o magistrado, esse valor alcançou R$ 2,7 milhões, quase R$ 1 milhão a mais que a média.
Léo Burguês rebateu os números que serviram de base para a ação do Ministério Público Estadual e apresentou valores diferentes. “A Câmara gastou nos últimos três anos R$ 9,3 milhões. O que daria uma média de R$ 3,1 milhões por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milhões, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poderíamos ter gasto”, disse o tucano.
Com informações de Alice Maciel e Iracema Amaral