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Estado de Minas

Livre do processo, Léo Burguês diz que não vê viés político em acusações contra ele

O tucano comentou que lamenta os estrago que a repercusão negativa das ações causam, mas que se sente tranquilo com decisão da corte


postado em 22/03/2013 14:46 / atualizado em 22/03/2013 15:03

(foto: 21/02/2013 - Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: 21/02/2013 - Cristina Horta/EM/D.A Press)

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Léo Burguês (PSDB), disse que não vê viés político nas denúncias feitas pelo Ministério Público envolvendo seu nome. “Não vejo viés político nisso não. É um momento que a Câmara Municipal estava se colocando de uma maneira diferente na sociedade. Talvez a gente pode estar pensando por causa disso, na questão da nossa independência”, afirmou. O comentário veio nesta sexta-feira, um dia após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) decidir - por unanimidade -, pela extinção do processo que pedia a cassação do mandato e a inelegibilidade do tucano por oito anos.

Apesar de aliviado, o tucano lamentou a seqüência de fatos envolvendo o nome dele e repercussão negativa das ações do MP na imprensa e nas redes sociais. “O que a gente fica tranquilo é que ao longo, como eu disse, desses 14 anos de vida pública, todas as vezes que surgiu qualquer tipo de acusação sobre mim, em todas elas foi mostrada a minha inocência e que isso comprova a maneira como a gente age. Que é maneira proba, lícita, dentro da legalidade”, ressaltou. A primeira denúncia que acusava Burguês de irregularidades na gerência dos gastos da Casa foi feita no ano passado, próximo ao período eleitoral. Neste ano a nova ação foi proposta no momento em que o parlamentar disputava a reeleição para o cargo de presidente da Casa, após contrariar acordos internos do partido com aliados.

Reeleito vereador em outubro de 2012 e reconduzido, em janeiro passado, à presidência da Câmara de Belo Horizonte, Burguês teve seu mandato cassado, no último dia 19 de fevereiro, pelo juiz Manoel dos Reis Morais, do TRE-MG. A decisão, no entanto, foi revogada pelo também juiz eleitoral Maurício Ferreira, que teve ainda a liminar concedida confirmada pela corte eleitoral, na última terça-feira, por quatro votos a zero.

Defesa

Na época da denúncia, o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês, justificou como “erro matemático” as alegações contidas na ação pedindo a cassação do mandato. “Houve um equívoco no cálculo. Erros acontecem, mas quando for feita a perícia e os números forem analisados, veremos que o cálculo está errado”, afirmou Burguês, na época em que teve o mandato cassado pelo juiz Manoel dos Reis Morais.

Na sentença, que apontou abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral por Burguês, o juiz cita uma média anual de R$ 1,8 milhão, gastos nos últimos três anos para a divulgação das atividades da Câmara de Belo Horizonte. No ano passado, entretanto, segundo o magistrado, esse valor alcançou R$ 2,7 milhões, quase R$ 1 milhão a mais que a média.

Léo Burguês rebateu os números que serviram de base para a ação do Ministério Público Estadual e apresentou valores diferentes. “A Câmara gastou nos últimos três anos R$ 9,3 milhões. O que daria uma média de R$ 3,1 milhões por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milhões, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poderíamos ter gasto”, disse o tucano.

 

Com informações de Alice Maciel e Iracema Amaral


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