Jornal Estado de Minas

Em entrevista, Marco Feliciano afirma que só deixará comissão de direitos humanos se morrer

Declaração do pastor foi feita durante a edição de domingo do programa 'Pânico'

- Foto: José Cruz / ABr
Apesar dos inúmeros protestos ao redor do Brasil, o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC- SP),  indicou mais uma vez que não pretende largar o osso da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Em uma entrevista ao programa 'Pânico' exibido pela Band, nesse domingo, o pastor declarou que só deixaria a comissão se morresse. "Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário e acordo partidário não se quebra, só se eu morrer" declarou Feliciano.


"Uma coisa é você chegar em casa e ter que explicar para uma criança de 10 anos por que na escola falam que seu pai é racista. Isso dói. Isso machuca. Então, uma renúncia minha agora seria como um atestado de confissão: 'eu sou mesmo, então estou abandonando'. Eu não sou e estou aqui para provar isso" continuou.

Entre outras declarações, Feliciano afirmou já ter sido dependente químico e que também sofreu preconceito na infância. Questionado pela repórter sobre o direito dos gays, Feliciano não hesitou em responder que os defenderia na Comissão.

"Quaisquer direitos que eles tenham roubados e procurarem a Comissão, serão ouvidos da mesma forma" afirmou. O pastor ainda desmentiu que teria feito comentários racistas em relação aos negros, nas redes sociais. "O twitter tem 140 caracteres só, não se pode falar uma pessoa é isto ou aquilo por causa de 140 caracteres. Para a pessoa ser racista, ela tem que ter um histórico racista", completou.