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Proposta para acabar com salários de vereadores provoca reações de parlamentaresDeputados estão proibidos de empregar vereadores em gabinetes da ALMGDeputados retornam ao trabalho evitando assuntos polêmicos na ALMGLíderes dos partidos na Assembleia de Minas discutem "carreirão" no governo“E nada impede que uma deliberação da mesa congele o valor do auxílio-moradia também”, afirmou ontem um deputado estadual. Entre os integrantes da direção da Assembleia ouvidos pela reportagem, ninguém quer se manifestar. O discurso é unânime: o assunto ainda precisa ser debatido com os parlamentares. “Será uma decisão democrática que expresse a vontade dos colegas”, disse o terceiro-vice-presidente da Mesa, Adelmo Carneiro Leão (PT). O segundo-vice, Hely Tarqüínio, disse que ainda vai “pensar a respeito”. O terceiro-secretário, Alencar da Silveira Júnior (PDT), argumentou que a mesa “não tem pressa”.
Mas alguns deputados têm, e já estão se articulando para pressionar pelo reajuste, que só poderia acontecer a partir de maio, levando em conta que uma decisão só será tomada em abril. Atualmente o auxílio-moradia é pago a 71 deputados – seis deles abriram mão do benefício por serem da capital – e quatro parlamentares que se licenciaram da Casa para ocupar cargos de secretário no Executivo. A verba indenizatória é usada para custear o exercício do mandato, com despesas como gasolina, aluguel de escritório político, material de expediente e viagens.
O aumento aprovado na Câmara dos Deputados vai garantir aos 513 deputados federais e 81 senadores a possibilidade de gastar entre R$ 25,9 mil e R$ 38,5 mil, dependendo do estado de origem. Já o auxílio-moradia deles vai de R$ 3 mil para R$ 3,8 mil – mudança que custará aos cofres públicos R$ 23,5 milhões a mais a cada ano. Na Assembleia Legislativa mineira, o gasto a mais chegará a R$ 4,3 milhões anuais.