O cabo de guerra entre a população da cidade e os vereadores teve início ainda em 2011, quando o projeto de aumento de cadeiras foi apresentado pela primeira vez pela Mesa Diretora da Casa. À época, a pressão popular falou mais alto e a proposta foi rejeitada, mas voltou à cena nesta nova legislatura, na qual teve aprovação em fevereiro, por sete votos a dois. A Emenda Constitucional 58, de 2009, estabeleceu o limite de vereadores que cada Câmara pode ter, que varia de acordo com a faixa populacional dos municípios. Para cidades com população entre 80 mil e 120 mil habitantes, como Itajubá, 17 é o número máximo de cadeiras no Legislativo. Mas o que chama a atenção é que nem mesmo cidades maiores da Região Sul, como Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha, com mais de 120 mil habitantes, têm tantos parlamentares. São 15 em cada Câmara. A conta da adoção da nova composição em Itajubá será alta. Vai saltar de R$ 3,47 milhões, no ano passado, para R$ 6,5 milhões em 2017, quase o dobro do orçamento atual
Santiago explica que a coleta de vai se estender até o fim do ano e o objetivo é atingir 35 mil assinaturas, ou seja, 50% do número de eleitores do município, que é de cerca de 70 mil. Para propor um projeto de lei de iniciativa popular, esclarece o presidente da Transparência, são necessários apenas 5% do total de votantes, que já foi ultrapassado. Além dos outdoors, para informar a população foram distribuídos cerca de 30 mil panfletos e feita uma ampla divulgação em redes sociais. Os vereadores justificam a expansão do número de cadeiras como forma de aumentar a representatividade da cidade, o que é rebatido pelo presidente da ONG: “O que os atuais vereadores pretendem é criar maior facilidade para uma reeleição na próxima legislatura”.