Parte se sente traída por Nascimento e diz preferir a manutenção do ministro Paulo Sérgio Passos a deixar o cargo com Borges. Passos é filiado ao PR, mas, para os que mandam no partido, ocupa o Ministério dos Transportes "na cota pessoal" de Dilma - ele não tem ligação direta com os integrantes mais "orgânicos" da sigla.
O argumento dos deputados do PR é um só: já que a liderança não será política, que seja técnica. Nas últimas semanas, o governo vem cozinhando em banho-maria a escolha para os Transportes. A demora do anúncio levou o líder do partido na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), a dizer que "o PR está muito magoado com a presidente Dilma".
Numa referência indireta a Campos, Garotinho disse que o PR é "indispensável para inviabilizar o projeto dos adversários" do PT na campanha presidencial do ano que vem. "Ela (Dilma) não precisa do tempo do PR, porque tem o do PT, do PMDB, entre tantos, mas também não quer que nosso tempo vá para outros candidatos", afirmou Garotinho, em alusão ao espaço de 1 minuto e 10 segundos que a sigla tem na propaganda política de TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.