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As muitas caras da sucessão em Minas GeraisAnastasia lança programa de suporte a municípios“As nossas lideranças, o senador Aécio e o governador Anastasia, é que deverão conduzir o processo”, considera o vice-governador Alberto Pinto Coelho. Como “trunfo” em defesa de sua pré-candidatura que considera “natural”, ele tenta puxar para o palanque nacional de Aécio o apoio senão formal do PP, que está no governo Dilma e dificilmente o deixará, palanques regionais em que a sua legenda terá candidatura própria, como no Rio Grande do Sul, no Piauí e em Alagoas.
Enquanto tucanos tentam definir um nome, no PMDB mineiro, pelo momento, há consenso. De cada 10, nove anunciam a candidatura do senador Clésio Andrade ao governo estadual. Mas há muitas variáveis em curso que inflam a probabilidade de que as coisas mudem. A primeira delas está no DNA da sigla. A tradicional “flexibilidade” tanto poderá levar o partido em Minas a conversar com o PT de Fernando Pimentel, como desejaria Dilma Rousseff, como também com o PSDB. Além disso, Clésio foi eleito vice de Aécio Neves em 2002, na ocasião pelo extinto PFL, à época desbancando a pretensão do deputado federal Carlos Melles. Clésio é hoje senador por obra da composição com o tucano em 2006, quando, já no PR, foi incluído como primeiro suplente na chapa de Eliseu Resende (DEM) ao Senado. Nessa composição também foi considerada a nomeação de sua esposa, Adriene Andrade, conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Presidente do TCE, Adriene chegou portanto, ao TCE pelo mérito de sua trajetória, mas também, pela caneta tucana.
Outra novidade esperada pelo PMDB mineiro é a filiação do empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-presidente da República José Alencar Gomes da Silva. Conduzida por Lula, a articulação tem potencial para mudar o quadro sucessório no campo da oposição ao governo de Minas. Mas, pelo momento, Josué analisa. E aguarda. Como o pai, aprendeu rapidamente a velha lição de Magalhães Pinto.