Brasília - A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a deputada evangélica Antônia Lúcia (PSC-AC), comunicou nesta segunda-feira ao líder do seu partido, deputado André Moura (SE), que pensa em renunciar ao cargo por não concordar com as declarações feitas pelo presidente da comissão, deputado Pastor Marco Feliciano, durante culto evangélico na última sexta-feira, no município de Passo (MG).
Hoje, em sua conta no Twitter, o deputado explicou que não comparou os integrantes da comissão, no passado, com “Satanás”, mas que o termo significa, em hebraico, “adversário e acusador”. “Quando cito Satanás estar em locais de trabalho, falo sobre adversários. Satanás ou Satã, do hebraico %u05E9%u05B8%u05D8%u05B8%u05DF, significa adversário/acusador”, postou Feliciano na internet. “A Constituição Federal, Art. 5º parágrafo 6º - é inviolável a liberdade de consciência e de crença”, acrescentou o pastor.
Feliciano disse ainda que conversou com a deputada Antônia Lúcia e que ela teria entendido a sua declaração. “Acabei de falar com a deputada Antônia Lúcia e expliquei o ocorrido em Minas Gerais e pedi desculpas pelo mal entendido e ela aceitou”, tuitou Feliciano.
A reportagem da Agência Brasil tentou falar com a deputada Antônia Lúcia, mas não obteve retorno das ligações. Desde que foi indicado para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Pastor Marco Feliciano é alvo de protesto por grupo de defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros por declarações ofensivas a esses segmentos.