O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano(PSC), conseguiu barrar, a partir de agora, a entrada dos manifestantes durante as reuniões. O requerimento que restringe a entrada a parlamentares, servidores e imprensa, foi aprovado na tarde desta quarta-feira. Para justificar a medida pouco democrática, Feliciano argumentou que a intenção é barrar as fortes manifestações que tem ocorrido no durante as últimas reuniões e nos corredores da Casa contra ele. Dessa forma, segundo o parlamentar, será possível dar seqüência aos trabalhos da comissão. "Faço isso com o coraçaõ sangrando", disse.
Nessa terça-feira, a deputada Iriny Lopes (PT-ES) protocolou um processo disciplinar contra Feliciano pela declaração de que a comissão era dominada por "Satanás" antes de ser presidida por ele. Ainda na tarde de hoje, deputados do PT entregarão à Presidência da Câmara uma questão de ordem que contesta a validade da eleição de Feliciano como presidente. A deputada Erika Kokay (PT-DF) argumentará que, durante a sessão de eleição do deputado do PSC de São Paulo, três questões de ordem apresentadas não foram resolvidas, como prevê o regimento da Casa.
Está prevista ainda a apresentação pelo PSOL de um pedido de investigação na Corregedoria da Câmara. O partido deve pedir apurações sobre a evolução patrimonial de Feliciano, o uso por ele de verba pública no mandato e a relação com uma produtora de vídeo. O PPS também deve entrar com pedido de investigação.
Com agências