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Eleição de Feliciano é parte da democracia, diz BarbosaFeliciano poderá ser obrigado a voltar atrás na decisão de impedir manifestaçõesFeliciano suspende visita a torcedores do Corinthians em OruroAdvogados de Feliciano reafirmam a declaração do pastor sobre africanosMarco Feliciano consegue esvaziar plateia durante interrogatório no STFFeliciano antecipa depoimento no STF e despista imprensa e manifestantesElizeu Rosa explica que Feliciano foi homenageado em razão de seus trabalhos sociais, como apoio a usuários de droga. "Era para o deputado ter recebido esse diploma há seis meses, mas ele não tinha agenda. Ele é ficha limpa, tem um trabalho social também. Então a instituição achou por bem que ele recebesse o diploma", explica Elizeu Rosa. Na tarde desta sexta-feira o deputado presta depoimento ao Supremo Tribunal Federal em processo em que é denunciado por estelionato.
Feliciano vem sendo pressionado a deixar a presidência da comissão em razão de declarações consideradas racistas e homofóbicas. Para o presidente da federação, no entanto, o debate não inviabiliza a entrega do prêmio. "O deputado teve seus momentos de erro. Sou afrodescendente e sou contra a qualquer perseguição contra meus irmãos africanos. Mas não podemos pegar ao pé da letra. Ele já se desculpou", afirma.
A Conectas Direitos Humanos, organização não-governamental internacional, informou desconhecer a FDBH e definiu a premiação como uma "afronta". "O prêmio é uma afronta inaceitável aos milhares de brasileiras e brasileiros que se sentem discriminados pelas conhecidas declarações do deputado Feliciano e àqueles que lutam historicamente pelos direitos humanos no Brasil", disse a diretora-executiva da ONG, Lucia Nader.
Elizeu Rosa afirma que a federação é contrária às declarações recentes do deputado e que acompanhará sua atuação à frente da comissão. "Não concordamos de forma alguma com aquilo que ele disse. Se ele amanhã ficar contra homossexuais ou contra os negros, ficaremos contra ele. Se a Câmara julgá-lo por homofobia ou racismo, o diploma dele será cassado automaticamente."
Em nota publicada no site da FBDH, a federação afirmou que ainda é "muito sedo" (sic) para julgar o trabalho de Feliciano e considera sua eleição "legítima, democrática e legal". "Acredito que deveria dar oportunidade a ele, no mínimo de três meses. Acho que deveria deixar ele trabalhar. Todo mundo está sujeito a erro", reforçou Elizeu Rosa, que acredita que o deputado vai saber separar sua visão religiosa de seu trabalho na comissão.
Durante sua passagem pela cidade, Feliciano evitou a imprensa. Durante o culto, falou sobre as críticas que vem recebendo e manteve seu posicionamento de continuar na presidência da comissão. "Deixem falar, deixem criticar, logo seremos exaltados, aqueles que debocham verão a nossa vitória", afirmou.