Santos, 05 - Embora não tenha assumido a candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República, o PSB se movimenta nos bastidores para montar um palanque em São Paulo para o presidenciável. Nesta sexta-feira, após encontro de Campos com prefeitos do Estado, realizado em Santos, o presidente do PSB paulista, deputado federal Márcio França, admitiu que a sigla deve discutir com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) um palanque duplo (para Aécio e para Campos), caso não consiga viabilizar uma candidatura própria. A mais cotada para a missão de se lançar candidata ao governo paulista em favor de Campos seria, em sua opinião, a deputada federal Luíza Erundina.
Outra possibilidade de palanque paulista para Campos, considerada pelos pessebistas, é a candidatura do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). França lembrou o apoio do PSB na formação da legenda de Kassab. "Nós o ajudamos bastante. A gente espera que ele tenha essa consideração", disse o cacique do PSB, assumindo que sabe da dificuldade em convencer o PSD, uma vez que existe uma aproximação do partido de Kassab com o PT da presidente Dilma Rousseff.
Segundo França, oficialmente as discussões sobre o futuro da aliança PSB-PSDB em São Paulo não foram abertas, uma vez que Campos ainda não definiu sua candidatura. A própria Erundina, que desconversa sobre sua possível candidatura ao governo de São Paulo, diz que sua missão em 2014 é "ajudar a eleger o Eduardo". "Pelo partido, ele seria candidato, sou a principal defensora da candidatura dele", comentou. "Nós queremos o novo no País", completou a deputada, seguindo slogan estampado em camisetas e faixas de militantes que foram trazidos de diversas partes pelo diretório estadual ao evento.
Golpe de 1964
Erundina também comentou o termo "revolução" utilizado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao se referir ao Golpe Militar de 64. "Pelo amor de Deus, é um equívoco histórico", afirmou.