O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), prestou depoimento no começo da tarde desta sexta-feira (5/4) no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o ministro Ricardo Lewandowski, relator do processo ao qual o parlamentar responde, tenha informado que o interrogatório seria as 14h30, a audiência foi antecipada sem que a imprensa fosse comunicada. Ele conseguiu despistar jornalistas e manifestantes.
Feliciano entrou e saiu pela garagem, e o depoimento só foi acompanhado pelas partes do processo, pela representante do Ministério Público e pelo juiz. O interrogatório foi marcado para que o deputado possa se defender na ação penal a que responde pelo crime de estelionato.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, antes de o pastor Feliciano ser eleito para a Câmara, ele teria fechado um contrato e recebido dinheiro para realizar um culto religioso ao qual não compareceu. A acusação aponta que o parlamentar ganhou a vantagem indevida R$ 13,3 mil, por ter induzido “a vítima a depositar a quantia supramencionada na conta bancária fornecida”.
A defesa do deputado informa que ele teria dito no depoimento que não cometeu o crime, mas alegou ter havido um desacordo comercial. Feliciano teria justificado ainda que os valores devidos já foram restituídos.