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Dops paulista vigiava políticos e militantes mineirosSNI ficou longe do Dops nos anos de maior repressão da ditadura militarComissão da Verdade vai apurar ida de civis ao Dops e responsabilidade da FiespDecreto transfere documentos do extinto Dops para o Arquivo Público MineiroProjeto Legislativo de Minas quer mudar nomes de bens públicos ligados à ditaduraMPF denuncia coronel Ustra por ocultação de cadáver na ditadura militarMostra revela fatos inéditos das ditaduras do Cone SulMPF vai recorrer ao STJ contra agentes da ditadura acusados de sequestro de sindicalistaArquivo do Dops paulista guarda relatos sobre políticos e ativistas mineirosA partir da década de 1960, com os Dops voltando a funcionar ativamente em vários estados por ordem do regime militar, muitas das informações levantadas nos anos anteriores envolvendo movimentações de grupos comunistas no Brasil foram reavaliados pelos órgãos de controle de informação da ditadura e serviram para que os departamentos regionais acompanhassem a movimentação de militantes.
“Essa comunicação constante para não deixar buracos sobre o que estavam fazendo aqueles que os militares consideravam terroristas nós consideramos parte de uma lógica da desconfiança. Por meio da troca de correspondência, cada centro de controle conhecia os elementos subversivos e sabia que tipo de propaganda os grupos usavam para atuar”, analisa Maria Tucci, que lembra também que muitos outros documentos continuam sob domínio dos seus produtores e caberá à Comissão da Verdade trabalhar para que eles venham à tona. Até agora já foram digitalizados 274 mil fichas policiais e 12 mil prontuários, o que representa apenas 10% do total de documentos do Dops paulista.
Rio Mais um arquivo do regime militar vai ser aberto ao público para consulta. O governo do Rio de Janeiro publicou um decreto em 21 de março dando prazo de 30 dias para que os titulares das informações manifestem interesse em manter sob sigilo a documentação que está em poder do arquivo público do estado. Os documentos que não forem alvos de pedido de sigilo terão seu acesso franqueado, de forma irrestrita, a qualquer cidadão. Assim como nos arquivos paulistas, entre os documentos do arquivo fluminense estão relatórios sobre as atividades de integralistas, comunistas e de espionagem alemã e italiana durante a 2ª Guerra Mundial. Constam ainda documentos sigilosos do Dops do Rio de Janeiro e do antigo estado da Guanabara, das polícias Civil e Militar e de instituições penais.