A rede de proteção social que inclui programas de transferência de renda dos governos federal e estaduais tornou menos dramáticos os impactos da seca no cotidiano da população do Nordeste, mas ainda é incapaz de impedir que a economia local entre em verdadeiro colapso durante períodos de longa estiagem. A avaliação é de pesquisadores e autoridades ouvidas pela reportagem, que identificou em Pernambuco, Bahia e Alagoas uma realidade atenuada, porém, ainda bastante difícil para o sertanejo que enfrenta a maior seca das últimas décadas na região.
Para o professor João Policarpo Lima, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a aposentadoria rural e projetos como o Bolsa Família e o Bolsa Estiagem dão às famílias do campo, de fato, uma alternativa à produção agrícola quando as condições climáticas ficam desfavoráveis. Mas a quebra de safras e a morte de rebanhos provocam efeitos duradouros na economia local.
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