Quatro cidades mineiras elegeram neste domingo novos prefeitos. A população de Diamantina, Biquinhas, São João do Paraíso e Cachoeira Dourada voltou às urnas e definiu: Paulo Célio (PSDB) é o novo prefeito de Diamantina, com 14.706 votos (63,79% dos válidos - Ragosino/PTC teve 4.561 e Tibães/PT, 3.786); Carlos Alberto Pereira (PR) venceu em Biquinhas, com 1.311 votos (49,58% dos válidos); Antônio de Oliveira Pinto (PSDB) foi o vitorioso em São João do Paraíso, com 6.237 votos (58,18% dos válidos); e José Marcio Storti (PTB) ganhou em Cachoeira Dourada, com 1.412 votos (85,9% dos válidos).
A diferença entre os dois candidatos em Biquinhas foi de apenas 16 votos (0,6%). Já em Cachoeira Dourada, a diferença foi bem maior:1181 votos(71,8%).
Nove candidatos concorreram ao cargo de prefeito nas quatro cidades, que concentram 57.402 eleitores, sendo 35.527 em Diamantina, 17.010 em São João do Paraíso, 2.816 em Biquinhas e 2.049 em Cachoeira Dourada. A eleição extemporânea nos quatro municípios foi realizada devido à confirmação, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) da cassação dos prefeitos eleitos em 2012. As eleições foram anuladas porque os candidatos - que concorreram com registros indeferidos - obtiveram mais de 50% dos votos válidos.
Em Diamantina, duas pessoas foram detidas, pela manhã, passando-se por fiscais da Coligação "Acorda, Diamantina". Na madrugada deste domingo, uma terceira ocorrência foi registrada, com um detido. Segundo a Polícia Militar, o material afirmava que o candidato tucano Paulo Célio, da Coligação 'Diamantina Unida Mais Ainda' estaria cassado e não poderia ser eleito. Um dos detidos estava com um cheque supostamente assinado pela campanha do candidato do PT, Marcos Tibães, da Coligação Acorda Diamantina.
Eleito com 12.615 votos em outubro, mas impedido de tomar posse em janeiro, Paulo Célio precisou mudar de candidato a vice-prefeito e associou-se a Cássio Moreira (DEM). Gustavo Botelho (PP), que governou a cidade entre 2001 e 2008, havia concorrido como vice do tucano há seis meses, mas teve contas de uma gestão passada rejeitadas, o que levou à impugnação de toda a chapa. A crise política que sucedeu à posse do presidente da Câmara na prefeitura, somada às dívidas herdadas da gestão anterior, chegaram a ameaçar o tradicional carnaval da cidade, que não foi tão grande como em anos anteriores.
De acordo com o TRE-MG, o prazo máximo de diplomação para os prefeitos eleitos é 26 de abril, uma vez que o juiz eleitoral tem até o dia 23 deste mês para analisar as contas dos gestores anteriores. A partir daí, cada município estabelece a data para a posse.
Aos eleitores que não compareceram, atenção: o prazo para apresentar a justificativa termina no dia 6 de junho.
Brasil
Além das cidades mineiras, eleitores de outros 12 municípios brasileiros voltaram às urnas neste domingo:
Triunfo (RS) - Mauro Poeta (PMDB) eleito
Pedra Branca do Amapari (AP): Genival Santana (PR) eleito
Joaquim Távora (PR): Gelson Nassar (PSDB) eleito
Coronel Macedo (SP): Edivaldo Neres (PSDB) eleito
Eldorado (SP): Eduardo Fouquet (PMDB) eleito
Fernão (SP): Altemar Canelada Campos (PTB) eleito
Caiçara do Rio do Vento (RN): Ceiça Lisboa (DEM) eleita
Serra do Mel (RN): Fábio Bezerra de Oliveira (PMDB) eleito
Muquém do São Francisco (BA): Evandro dos Santos Guimarães (PT) eleito
Fortaleza dos Valos (RS): Adair Toledo “Creca” (PDT) eleito
Sobradinho (RS): Luiz Affonso Trevisan “Maninho Trevisan” (PMDB) eleito
Tucunduva (RS):Paulo Roberto Schwerz (PMDB) eleito
Outras cidades só conhecerão seus novos gestores no dia 5 de maio. É o caso de Meruoca (CE), Rodeio Bonito e São José das Missões (RS). Nessas duas últimas, as eleições estão suspensas por decisão liminar.