A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que a situação da seca no Nordeste e no norte de Minas Gerais permanece grave. Segundo ela, o governo está investindo um total de R$ 32 bilhões nas chamadas obras estruturantes, que garantem o abastecimento de água de forma definitiva, como barragens, canais, adutoras e estações elevatórias.
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Seca histórica destrói economia rural no NordestePrefeitos lutam por R$ 400 milhões para combater a secaDilma diz que governo investe R$ 32 bi contra a secaMinas terá pacote para combater secaPrefeitos querem ampliar número de municípios de Minas atingidos pela secaMinistério da Integração libera mais R$ 20 milhões para vítimas da seca no CearáAnastasia anuncia criação de uma empresa para garantir oferta de águaMorte de Thatcher ganha tratamento frio do PlanaltoEm programa, Dilma reitera atenção do governo ao NordesteNo programa semanal de rádio Café com a presidente, ela lembrou que, na semana passada, o governo federal anunciou também a ampliação de ações emergenciais para combater a seca na região. Em reunião com governadores em Fortaleza, Dilma anunciou mais R$ 9 bilhões em ações de enfrentamento à estiagem.
A previsão é que cada município atingido receba uma retroescavadeira, uma motoniveladora, dois caminhões (um caminhão-caçamba e um caminhão-pipa) e uma pá-carregadeira. O governo vai fornecer também 340 mil toneladas de milho nos meses de abril e maio para serem vendidas a preço subsidiado para os produtores.
“E, daí para frente, enquanto a seca durar, nós vamos colocar 160 mil toneladas a cada mês. Nós vendemos esse milho a um preço muito subsidiado, a um preço de R$ 18 a saca, que é muito abaixo do preço praticado pelo mercado. Para que esse milho chegue rapidamente a quem precisa, ele vai por mar até o Nordeste, até os portos nordestinos. E, a partir daí, cada governador se encarrega da distribuição.”
Dilma ressaltou que a seca prolongada prejudica a economia dos municípios mais afetados. Ela destacou ações já anunciadas pelo governo como a criação de uma linha de crédito especial, com juros mais baixos, para apoiar os produtores rurais, o comércio e as pequenas e médias empresas dessas localidades.
“Nós liberamos R$ 2,4 bilhões e agora nós estamos liberando mais R$ 350 milhões justamente para esse crédito emergencial, para toda atividade produtiva na região do Semiárido.”, explicou. Outra medida citada pela presidente consiste em renegociar as dívidas dos agricultores do Semiárido, prorrogando por dez anos o prazo para pagamento de empréstimos.
“O Nordeste foi a região do nosso país que mais cresceu nos últimos anos e faremos tudo para não deixar que essas conquistas alcançadas nos últimos dez anos se percam. Agora, nosso desafio é garantir segurança hídrica e segurança produtiva à população do Semiárido”, acrescentou.