Em entrevista ao programa de rádio "Café com a presidenta" nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff voltou a destacar as medidas do governo federal de auxílio ao Nordeste, duramente afetado pela seca este ano. Dentro do Palácio do Planalto, a região é vista como estratégica na plataforma de reeleição de Dilma, que tenta neutralizar a crescente influência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível adversário nas urnas no ano que vem.
No programa, Dilma disse que não vai permitir que as conquistas da Região Nordeste se percam com os efeitos da seca e destacou o pacote de R$ 9 bilhões em ações emergenciais para a região, anunciado na semana passada ao cumprir agenda no Ceará. "O governo federal não vai permitir que o povo do semiárido e de todo o Nordeste fique desamparado. Enquanto houver seca, nós vamos agir."
Ela disse que os recursos se somarão aos R$ 7,6 bilhões já liberados, totalizando quase R$ 17 bilhões que "são destinados ao enfrentamento imediato dos efeitos da seca, protegendo os agricultores, ampliando mais o acesso à água, ofertando alimentos para os rebanhos, dando apoio aos municípios, ampliando o crédito emergencial, renegociando a dívida dos agricultores afetados pela seca, simplificando e acelerando o repasse dos recursos federais para os Estados e para os municípios."
De acordo com Dilma, o governo federal vai colocar 340 mil toneladas de milho no Nordeste nos meses de abril e maio e informou que o governo criou uma linha de crédito especial com juros baixos para apoiar produtores rurais e o comércio e as pequenas e médias empresas dos municípios atingidos pela seca.