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Eduardo Campos critica política de desoneração da folha feita pelo governo federalCampos quer deixar plano longo prazo como legado a PernambucoPSB quer projeto de nação e não de poder, diz Campos Deputada pedirá investigação sobre uso do Diário Oficial por Eduardo CamposEduardo Campos defende 'política social 2.0'Ele disse não ter críticas à desoneração em si, "mas ela sendo feita só em tributos compartilhados". "Todas as minhas falas sobre o tema é que todos os governos fizeram redução de IPI, mas em outros momentos houve resposta do crescimento e recomposição da receita", explicou. "Desta vez, várias desonerações de IPI que impactam nas receitas de Estados e municípios (foram feitas) e essa desoneração terminou por não levar a um crescimento da economia, não repôs as receitas e há uma situação fiscal dos Estados e Municípios que precisa ser olhada".
Campos disse adotar a política de desoneração desde o primeiro momento do seu governo. "Está no mapa da estratégia e nos levou a mais de 40 projetos de lei, tudo feito com previsão no PPA (Plano Plurianual) e na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), como manda a boa prática da gestão".
No seu discurso, ele qualificou de "insanidade" a carga tributária - tributos federais, estaduais e municipais - que pode chegar a 50% da passagem do transporte público de passageiros. Segundo ele, o impacto é muito forte em uma sociedade desigual como a nossa, o que pode significar "a perda de um direito" por uma parcela da população em regiões mais marcadas pela desigualdade.
O governador destacou que o GNV é um combustível menos poluente e que será mantido, pela Copergás, o bônus de R$ 500,00 para quem instalar o kit-gás no seu veículo. A expectativa é de retorno fiscal através de estímulo do aumento da frota e da cadeia imediata - com mais oficinas e emprego de mão de obra.
Pernambuco tem 41 mil veículos que utilizam o GNV, sendo 31 mil taxistas - dos quais 6,1 mil na capital e 8,5 mil na região metropolitana.
Campos tem viajado pelo Sul e Sudeste, em busca de apoios de empresários, sindicalistas e políticos visando a uma eventual candidatura à Presidência da República em 2014. De acordo com sua assessoria, as viagens do governador - deslocamento e hospedagem - são bancadas pelo governo estadual quando se trata de eventos oficiais, e pelo PSB, partido que preside, quando os eventos têm cunho partidário.