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Ministro do Gabinete de Segurança Institucional reconhece existência da missão em SuapeDocumento da Abin confirma a vigilância de sindicalistas contrários à MP dos PortosAbin monitora movimento sindical no Porto de SuapeComissões votam nesta quarta-feira convocação de ElitoPaulinho pede convocação do GSI e Abin à CâmaraLíder do DEM entra com representação na PGR contra AbinReportagem do jornal O Estado de S.Paulo confirma que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos. O ofício desmente o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de "mentirosa" uma outra matéria do jornal que revelava a ação da Abin em Pernambuco.
O documento mostra que a "missão" da Abin era identificar ações grevistas como reação à medida provisória que altera o funcionamento dos portos. O alvo central eram sindicalistas ligados à Força Sindical. Outro trecho cita a Federação Nacional dos Portuários e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força, disse nesta terça que já redigiu um requerimento para convocar os representantes da GSI e da Abin a dar explicações no Congresso e que pretende denunciar o caso até mesmo à Organização Internacional do Trabalho (OIT). O deputado vai pedir ajuda ao Ministério Público do Trabalho para apurar a denúncia.
"É muito grave o que eles fizeram. Afeta a livre organização sindical. É inadmissível um governo democrático, de uma presidente que sofreu esse tipo de perseguição na ditadura, perseguir agora o movimento sindical", afirmou Paulinho, em referência à presidente Dilma Rousseff, que chegou a ser torturada durante o regime militar, no início dos anos 70.
Paulinho também condenou o fato de o general Elito, após a revelação do caso na semana passada, ter negado que houvesse monitoramento do movimento sindical. "Um ministro do governo mente para a opinião pública. Fica claro agora que ele mentiu, na medida em que ele disse que não havia investigação, e o Estado hoje divulga o pedido de investigação."