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Estado de Minas

Paulinho pede convocação do GSI e Abin à Câmara


postado em 09/04/2013 17:52 / atualizado em 09/04/2013 19:35

São Paulo, 09 - O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, apresentou nesta terça-feira requerimento à Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados convocando as gerências do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para explicar o monitoramento dos sindicatos no Brasil. O documento, de acordo com a Força SIndical, foi assinado por diversos deputados.

Documentos confirmam que o GSI mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória (MP) 595, conhecida como MP dos Portos. Em nota, Paulinho classificou a ação do governo como "repressiva" e disse que ela "não vai calar o movimento sindical". Ele afirmou ainda que a ação do governo teve como objetivo aparelhar a Abin para "espionar, intimidar e controlar os trabalhadores e suas lideranças".

A nota não faz menção direta à presidente Dilma Rousseff, mas faz uma citação de forma velada a ela. Segundo a Força, "é inaceitável que um governo, que tem entre seus membros pessoas que foram perseguidas durante o regime militar, utilize métodos de repressão para intimidar os legítimos representantes da classe trabalhadora".

Conforme o comunicado, a central sindical pretende formalizar na Organização Internacional do Trabalho (OIT) uma reclamação contra a administração federal brasileira pelo não cumprimento da Convenção 87, da qual o Brasil é signatário. De acordo com a entidade, a norma prevê os princípios da liberdade sindical, consagrando-a nas formas individual e coletiva.

Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu nesta terça-feira que o Poder Executivo federal explique a investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a sindicatos e portuários contrários à MP dos Portos. Após cerimônia em Campinas (SP), Alckmin criticou o fato de o Gabinete GSI ter negado a operação, na semana passada, e só ter assumido o ocorrido após o jornal O Estado de S.Paulo ter revelado, na edição desta terça-feira, o documento que comprova o monitoramento dos portuários ligados à Força Sindical. "Eu não tenho detalhes, mas a gente deve esperar que o governo federal explique quais foram os objetivos, por que fez. Acho que só não se deve negar a investigação", afirmou.


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