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Ato contra crimes da ditadura reúne estudantes e índiosDocumentos da ditadura estarão disponíveis na internet a partir de segundaDom Arns foi ao Vaticano contra ditadurasPF é 'republicana' e investiga qualquer um, diz ministro da JustiçaUm irmão de Alex, o também militante Iuri Xavier Pereira, foi morto 146 dias depois, em 14 de junho de 1972, durante um suposto tiroteio na porta de um restaurante em São Paulo. Como os dois corpos desapareceram, a família passou a procurá-los em cemitérios. Em 1973, um tio de Alex e Iuri localizou o corpo de Iuri no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na zona norte de São Paulo. Ele havia sido enterrado com o nome verdadeiro. O irmão não constava da lista de enterrados, mas a família suspeitou que um homem enterrado como João Maria de Freitas pudesse ser Alex. Em 1979, a família pediu a transferência dos cadáveres para o túmulo da família, em Inhaúma, no Rio, o que foi feito em 1980.
Quando eles foram exumados, verificou-se que as características físicas não correspondiam. No local onde o corpo de Alex estaria enterrado, havia o cadáver de uma mulher. Foram abertas outras sepulturas até se chegar a corpos com características condizentes com os irmãos, e os cadáveres foram transferidos para o Rio. "Em 1996, os corpos foram exumados e submetidos a exames", conta Iara Xavier Pereira, irmã das vítimas. "O Iuri foi identificado oficialmente por DNA, mas o corpo de Alex estava em piores condições e não respondeu à tecnologia da época", conta. Por isso a família, pediu nova exumação e exames, procedimento iniciado nesta terça-feira. "Os peritos não deram previsão para a conclusão dos exames. Isso vai depender de como os restos mortais vão reagir à tecnologia atual", diz Iara. A exumação foi acompanhada pelo procurador da República Sérgio Suiama. Para o Ministério Público Federal (MPF), eventuais identificados como responsáveis pela morte dos militantes podem ser processados criminalmente.