Brasília, 10 - Após seis minutos de tentativa de uma reunião aberta na Comissão de Direitos Humanos, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) determinou a troca de plenário da sessão devido a protestos de manifestantes. A sessão continuará com as portas fechadas ao público para votação de requerimentos e projetos.
A entrada de manifestantes para a reunião que seria aberta foi selecionada pela Polícia Legislativa. Alguns manifestantes não conseguiram entrar. A porta principal da comissão ficou fechada e a maioria dos presentes dentro do plenário era de apoiadores de Feliciano. Mesmo assim, os dois grupos - contra e a favor - ficaram durante todo o tempo gritando palavras de ordem.
Feliciano chegou para a reunião às 14h26, a sessão foi aberta às 14h33, quando o quórum foi alcançado, e às 14h39, diante do barulho dos manifestantes, Feliciano suspendeu a reunião e determinou a troca de sala.
Nessa terça-feira, Feliciano recuou da decisão de fazer reuniões fechadas ao público, mas afirmou que retiraria manifestantes ou trocaria as sessões de plenário caso os protestos atrapalhassem o trabalho.
Durante a troca de plenário, o deputado sustentou que a medida não ataca o acordo feito com os líderes partidários de manter abertas as reuniões. Alguns deputados reclamaram que nem sequer conseguiram entrar no plenário da comissão. "A segurança está impedindo até deputado de entrar. É o fim da picada. É mentira que esta reunião está sendo aberta", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Cultos
Nesta quarta-feira, Marco Feliciano afirmou que não falará mais de política em cultos pelo bom andamento da Câmara e da comissão de Direitos Humanos.
"Para o bom andamento da Casa, eu disse que nos cultos não toco mais em assunto de política. Culto é lugar de falar de Jesus Cristo", disse Feliciano, após participar de reunião do PSC.