São Paulo, 10 - O ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu afirmou que o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, prometeu absolvê-lo das acusações no processo do mensalão. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira, o petista relatou encontro ocorrido entre os dois antes de o ministro ser indicado para assumir uma vaga na Corte, em 2011.
Em dezembro do ano passado, Fux disse que, durante sua campanha para ser escolhido pelo então presidente Lula para o STF, procurou José Dirceu. Na ocasião, afirmou não ter visto problemas em conversar com um dos réus do processo e negou que tenha prometido absolvição.
Na entrevista divulgada nesta quarta, no entanto, Dirceu contesta a versão do ministro e diz ter sido "assediado moralmente" por seis meses para recebê-lo. O assédio teria partido de advogados. "Eu não estou dizendo que ele mentiu. Eu estou dizendo que soa ridículo. É só isso que eu vou dizer. E ele tomou a iniciativa de dizer que ia me absolver", afirmou o petista.
À promessa, Dirceu teria respondido: "eu não quero que o sr. me absolva. Eu quero que o sr. vote nos autos, porque eu sou inocente." Também no ano passado, Fux chegou a afirmar que pensou não haver provas contra os acusados, mas mudou de opinião depois de ler o processo.
Durante a entrevista, Dirceu voltou a defender sua inocência e a afirmar não ter havido compra de apoio político. Disse ainda que o dinheiro movimentado não era público. O ex-ministro foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha e a pena foi calculada em 10 anos e 10 meses de reclusão. A defesa aguarda a publicação do acórdão do processo para apresentar recurso.
Em dezembro do ano passado, Fux disse que, durante sua campanha para ser escolhido pelo então presidente Lula para o STF, procurou José Dirceu. Na ocasião, afirmou não ter visto problemas em conversar com um dos réus do processo e negou que tenha prometido absolvição.
Na entrevista divulgada nesta quarta, no entanto, Dirceu contesta a versão do ministro e diz ter sido "assediado moralmente" por seis meses para recebê-lo. O assédio teria partido de advogados. "Eu não estou dizendo que ele mentiu. Eu estou dizendo que soa ridículo. É só isso que eu vou dizer. E ele tomou a iniciativa de dizer que ia me absolver", afirmou o petista.
À promessa, Dirceu teria respondido: "eu não quero que o sr. me absolva. Eu quero que o sr. vote nos autos, porque eu sou inocente." Também no ano passado, Fux chegou a afirmar que pensou não haver provas contra os acusados, mas mudou de opinião depois de ler o processo.
Durante a entrevista, Dirceu voltou a defender sua inocência e a afirmar não ter havido compra de apoio político. Disse ainda que o dinheiro movimentado não era público. O ex-ministro foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha e a pena foi calculada em 10 anos e 10 meses de reclusão. A defesa aguarda a publicação do acórdão do processo para apresentar recurso.