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Ciência deve perder R$ 1,6 bilhões com nova lei de royaltiesMinistra pedirá votação urgente para questão dos royalties do petróleoRenan Calheiros apela contra suspensão da Lei dos RoyaltiesDilma volta a defender royalties do petróleo na educaçãoDebate segue sem trégua sobre redistribuição dos royalties Rio Grande do Sul aciona STF em defesa da Lei dos RoyaltiesIdeli: governo espera que impasse sobre royalties seja resolvido logoDilma promete usar recursos dos royalties na educaçãoParlamentares suspendem andamento da MP dos royalties para educaçãoPrefeitos se unem para barrar partilha dos royaltiesPara o autor do projeto que divide os royalties, senador Wellington Dias (PT-PI), a defesa da constitucionalidade indicada pelo procurador-geral reforça a luta da maioria do Parlamento “que tenta corrigir uma distribuição injusta que se arrasta há anos no país”. Ele acrescenta:“O argumento da quebra de contratos é completamente sem sentido, já que são acordos firmados entre as empresas e a Agência Nacional do Petróleo (ANP).” Segundo o parlamentar, a expectativa é de que o Supremo coloque o tema em votação rapidamente, avaliando a liminar e o mérito da lei aprovada no Congresso. O julgamento depende de uma posição da ministra Carmén Lúcia, relatora do tema na Corte, que garantiu tratar do assunto com urgência.
Perdas O líder da bancada mineira na Câmara, deputado Fábio Ramalho (PV), considerou positiva a posição de Roberto Gurgel, mas defendeu que caso os ministros se posicionem favoravelmente à divisão igualitária, não faria sentido impedir que as novas regras entrem em vigor. “Esse é um tema que foi debatido por tantos anos e já passou várias vezes nas duas casas do Legislativo. Esperamos, então, uma posição favorável do Supremo e que todos os municípios passem a ter direito a esse recurso o mais rapidamente possível”, argumentou Ramalho. O parlamentar lembrou também que a Lei do Petróleo, criada em 1953, já foi alterada diversas vezes sem nunca ter sido barrada na Justiça.
A maior preocupação das lideranças que defendem uma distribuição igualitária é que se as novas formas de divisão passarem a valer para os próximos campos de petróleo a serem licitados, somente a partir de 2019, ou até mais para frente, os governos estaduais e as prefeituras terão acesso ao expressivo montante arrecadado com a exploração. Minas Gerais, por exemplo, deixaria de arrecadar anualmente cerca de R$ 800 milhões caso a validade da nova lei seja adiada.
Segundo Wellington Dias, apesar de a exploração dos novos campos de petróleo estarem com a licitação marcada para o segundo semestre, até que as plataformas sejam instaladas e aconteçam as primeiras extrações e, consequentemente o pagamento de royalties, é preciso uma média de seis a sete anos. “Se não passar a valer a partir de agora, será mantido um privilégio incabível por muitos anos. O que entendemos, assim como a maioria dos governadores e do movimento municipalista, é que os contratos que já têm declaração de comercialidade vão permanecer nas regras anteriores, mas aqueles campos de petróleo licitados mas que ainda estão em processo de instalação devem adotar as novas regras”, alega o petista.