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Carvalho: Abin monitorou Suape por razões econômicasCampos diz que não quer a Abin desvirtuando sua funçãoForça Sindical ataca operação da Abin em SuapeTemer diz que atuação da Abin em portos é 'normal'O ministro-chefe do GSI deverá comparecer à Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso na próxima quarta-feira para prestar esclarecimentos sobre o monitoramento da Abin nos trabalhadores de 15 portos, com atenção especial sobre Suape, em Pernambuco.
"Acho muito preocupante e perigoso (esse monitoramento da Abin), abre um precedente perigosíssimo, na contramão do que o PT sempre fez. O PT sempre defendeu, pelo menos entre aspas, os trabalhadores e agora faz um movimento de bisbilhotagem na vida dos trabalhadores, o que é inadmissível", criticou Macris.
"Vamos conversar com o general e saber aquilo que está acontecendo. Se realmente existe isso, aí o Parlamento tem de tomar providências mais enérgicas, não é possível viver um momento onde a ditadura atuou muito nessa direção", disse o deputado.
Na quarta-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que o governo não é uma "ditadura" para fazer "arapongagem" de movimentos sindicais, admitindo o monitoramento da Abin por razões econômicas. "Nós não precisamos de arapongagem sobre o movimento sindical porque temos um diálogo com o movimento o tempo todo. Nós não somos um governo repressivo, da ditadura, que tem de infiltrar gente para saber das coisas", afirmou Carvalho, ao cumprir agenda em São Paulo. "Porto é uma coisa que não pode parar. Então, era mais do que legítimo que a Abin passasse para nós as informações dos riscos", disse o ministro.
O governo está preocupado com a articulação de sindicalistas contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, que estabelece um novo marco regulatório para o setor. Um dos maiores críticos à MP é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que se uniu às críticas feitas por dirigentes sindicais.