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Ministério Público realiza ação contra desvio de R$ 1,1 bilhão no BrasilSTF investiga Eduardo Braga por desvio e fraude no AMPF deflagra operação contra desvio de R$ 48 milhões em verbas do DNOCSDe acordo com a Procuradoria-Geral, quatro técnicos do Centro de Apoio à Execução (CAEx) foram mandados a São José do Rio Preto, onde se concentra a operação, para fazer a análise do material apreendido. A intenção é auxiliar os promotores na procura de provas contra os acusados e também no levantamento de possíveis ilícitos penais praticados por agentes públicos que possuam foro privilegiado, como deputados e prefeitos.
Segundo o Ministério Público, se houver os indícios, o material será encaminhado à Procuradoria-Geral de Justiça e às demais autoridades responsáveis por analisá-los. Pelo menos dois deputados estaduais, Itamar Borges (PMDB) e Roque Barbiere (PTB), caíram nas interceptações telefônicas da operação. Borges e Berbiere negaram participação no esquema, mas admitiram ter mantido contato com o empresário Olívio Scamatti, preso na operação e apontado como um dos líderes do grupo acusado.
Ajuda
O Ministério Público suspeita que o grupo era apoiado por servidores públicos federais, para apressar a liberação de verbas, e por funcionários públicos municipais, como prefeitos, para 'vencer' as concorrências e fazer as obras sem incômodo algum. Um superintendente regional e dois gerentes da Caixa Econômica Federal (CEF) foram detidos e levados "coercitivamente" para depor sobre a acusação de repassar informações privilegiadas para o grupo e também de se beneficiar do esquema.
Os promotores constataram na investigação, que o grupo recebia tratamento diferenciado e alguns benefícios por parte de servidores que trabalhavam no setor de obras públicas. Os servidores passavam informações privilegiadas e até confidenciais, protegidas por sigilo, para o grupo em troca de presentes e até negociações de produtos do banco. Com as informações o grupo era obter favorecido em relação a outros concorrentes e tinha acesso mais rápido às verbas que eram liberadas mais rapidamente. Uma das obras sob suspeita é a construção de 323 casas populares do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Votuporanga, cidade onde fica a sede do Grupo Scamatti e Seller, cujos diretores estão presos.