(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Deputados deixam para depois discussão da reforma política

Proposta de mudanças no sistema político vai para a gaveta e legendas defendem temas isolados, como impedir acesso de novas siglas a recursos, o que prejudicaria Marina Silva


postado em 12/04/2013 06:00 / atualizado em 12/04/2013 07:30

Brasília – Por falta de acordo, a votação da reforma política, que patina no Congresso há pelo menos dois anos, foi enterrada de vez nesta semana, segundo os próprios parlamentares. Mas os partidos assumem iniciativas paralelas para votar temas de interesse próprio. A última manobra foi incluir na pauta do plenário, de surpresa, o projeto que proíbe novas siglas de terem acesso ao Fundo Partidário e a tempo de TV antes das eleições, o que enfraqueceria a legenda que Marina Silva tenta criar. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou a tentativa de votar a proposta um erro, mas o tema deve voltar à pauta nas próximas semanas.

O conjunto de proposições inseridas na reforma política entrou na pauta da terça-feira, mas nenhuma teve condições de ser votada. “O plenário revelou que não quer votar essa reforma, vamos ter que encontrar outro caminho”, admitiu Henrique Alves. O PT foi o primeiro a iniciar uma corrida para que temas específicos fossem pautados de formas alternativas.

Na noite de quarta-feira, a bancada se juntou ao PMDB para que o requerimento de urgência do projeto sobre o Fundo Partidário fosse incluído na pauta no fim da noite, mesmo sem ter sido discutido no colégio de líderes. A manobra foi efetivada pelo vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), que colocou o assunto para ser votado quando assumiu o comando da sessão.

Mesmo sob as críticas dos demais partidos, Henrique Alves não retirou o item da pauta quando reassumiu o posto. Ontem, ele disse estar arrependido, embora concorde com o projeto. “É importante porque impede essa evasão de parlamentares de maneira desordenada, mas os líderes reclamaram com razão, porque não estava acertado, foi uma improvisação, um erro”, admitiu. Já André Vargas assumiu a responsabilidade pelo ato e disse que pretende fazê-lo de novo, se tiver oportunidade. “Foi uma decisão minha na hora, a pedido de líderes da base aliada, e eu tinha prerrogativa para isso. Quando o Henrique está presidindo, ele decide. Acho que o Congresso tem que enfrentar o debate”, afirmou o petista.

Tensão 

A votação foi marcada por clima tenso entre os líderes, mas vários defenderam a proposta. PSDB, PPS, PSB e PV reclamaram que foram surpreendidos com a matéria. Outros líderes se revezaram na tribuna na defesa do projeto. Para o líder do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), há um "leilão" de deputados motivado pelo Fundo Partidário. "A primeira vítima foi o DEM (que perdeu mais deputados com a criação do PSD). Precisamos coibir o aliciamento de deputados", disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)