“É impensável que se tenha mais de 4 mil cargos comissionados no âmbito da Presidência da República. É um governo que gasta muito e gasta mal, que tem obras paralisadas no país inteiro. A gestão de Dilma tem falhado naquilo que era sua grande marca, de gestora eficiente”, disparou Aécio. No evento que reuniu cerca de 400 prefeitos mineiros, o tucano apontou a falta de atenção que as gestões petistas tiveram nos últimos 10 anos ao tratar da agenda federativa. “A União tem concentrado cada vez mais recursos em suas mãos, o que centraliza as decisões importantes e sufoca os estados e municípios. Tudo bem que sejam feitas políticas de desoneração, mas é preciso que se trabalhe também com a recomposição das perdas dos municípios”, disse em discurso aos prefeitos na noite de ontem.
Convenção
Durante evento organizado pelo PPS, Aécio avisou que o modelo do PT de governar se exauriu: “Somos oposição a tudo o que está aí. Oposição a um projeto político que se contenta apenas em se manter no poder”.
Aécio, pela primeira vez, admitiu que será candidato a presidente do partido na convenção marcada para 19 de maio. Com chancela de comandante da sigla, ele quer viajar pelo país e construir um discurso alternativo de governo. “Esse ciclo de governo do PT precisa e vai ser interrompido”, prometeu. Aécio demonstrou preocupação com a inflação. “Esse governo tem sido leniente no combate à inflação.”
Sobre a possibilidade de outras candidaturas presidenciais no ano que vem, Aécio disse que o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, tem todo o direito de lançar-se na disputa e que os dois têm mais afinidades que antagonismos. Convidado para o evento do PPS, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) avisou que não iria comparecer por uma decisão médica, devido a um problema de coluna.