Em visita a Belo Horizonte nessa segunda-feira, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff afinaram os discursos e as críticas aos adversários. Como principais alvos, os tucanos foram acusados de copiar programas do governo federal, de não ter governado para os mais pobres e de manter a inflação em patamares mais elevados que os atuais. Dilma e Lula estiveram juntos no seminário “O decênio que mudou o Brasil” – em comemoração aos 10 anos do PT na Presidência da República -, que reuniu, além dos dois, a cúpula nacional e estadual do partido e representantes das outras legendas que compõe a base de governo. Fazendo um contraponto ao discurso dos adversários de que é possível fazer mais, a presidente afirmou que “essa foi a melhor década da história recente do nosso país”.
Já o ex-presidente Lula, disse que mesmo com todos os avanços alcançados durante os dois mandatos do governo dele e os dois anos de Dilma é natural que a oposição não tenha um discurso de reconhecimento. “Não vamos esperar que nossos adversários falem bem da gente. Seria o fim da picada vocês acharem que o atleticano vai falar bem do cruzeiro e vice e versa. Não esperem que nossos adversários reconheçam os méritos. Não esperem. Quem tem que reconhecer somos nós (...) a gente tem que reconhecer o que aconteceu dentro da nossa casa”, disse Lula. Segundo ele, Dilma é a pessoa que chegou “mais bem preparada” para governar o país. Já posicionando a presidente como candidata à reeleição, Lula afirmou que a certeza que ela tem que ter é de que “tem que fazer muito mais”.
Em seu discurso, Dilma ressaltou que na última década houve relevante redução das desigualdades sociais, motivada, principalmente, pelos programas federais como o Luz Para Todos, Prouni, Enem e o Bolsa Família que, segundo ela, é a “mola” do crescimento do país”. Destacando também a presença dos partidos aliados, chamados de “co-participantes”, a presidente afirmou que nos últimos 10 anos o Brasil teve “ascensão e não opressão”.