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Rede e PPS reagem a restrição à criação de partidosPPS e PMN fazem 4.ª-feira congresso para finalizar fusãoPPS aprova fusão com o PMNMedo de mudança na legislação leva PPS a fazer propaganda com nova legendaPPS e PMN se unem para formar o Mobilização Democrática"O rolo compressor que o governo do PT quer passar no Congresso Nacional para aprovar o projeto que dificulta a fusão e a criação de novos partidos é de um casuísmo sem tamanho. Um verdadeiro golpe contra a democracia", disse o líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), ao sair da reunião dos líderes partidários. Bueno disse que o governo precisa explicar por que mudou de posição. "Quando da criação do PSD, que levou tempo de TV e fundo partidário dos deputados que tirou dos outros partidos, o governo deu todo o apoio. O próprio Lula trabalhou a favor. Agora, que temos a Marina Silva construindo seu partido, o PPS se unindo ao PMN, reforçando a oposição, querem barrar. Isso é antidemocrático, é puro golpe", afirmou Bueno.
Marina, que pediu ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o projeto não fosse votado, deixou o gabinete da presidência da Casa decepcionada. "Ele disse que o projeto será votado e que foi apresentado por um companheiro do PMDB", disse Marina, ao falar do encontro com o presidente da Câmara. A ex-ministra atacou o projeto. "Lutamos a vida inteira por democracia. Esse projeto é antidemocrático, tira o direito de que outros expressem duas ideias. É o tiro de misericórdia nesse setor da sociedade que se propõe a fazer uma política diferente. Revive o obscurantismo, o casuísmo, a violência dos mais fortes contra os mais fracos", disse Marina.
Já o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, provável candidato à Presidência da República em 2014, disse que o PSB se posicionará, claramente, contra a inibição a novos partidos. "Foi dada a possibilidade para novos partidos e surgiu o PSD. E agora, se querem limitar o nascimento de outros, tirando o direito a tempo de televisão e ao fundo partidário, está errado. Que o façam para a próxima legislatura. Mas agora seria um casuísmo, uma agressão. Há partidos surgindo e tentando coletar o numero de assinaturas, já com parlamentares que desejam efetivamente tomar essa direção em torno da liderança, por exemplo, da senadora Marina Silva, que tem expressão no pensamento brasileiro e no pensamento global. Não vejo porque não deixar que se organize, pra que se faça o debate sobre o futuro do País."
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse que o Palácio do Planalto não está preocupado com a criação de novos partidos. "É um movimento natural, assim como surgiu PSD, é normal que haja esses movimentos. (PPS e PMN) São dois partidos que não estão na base governista, não cabe nenhum comentário valorativo dessa questão", disse ele, após participar de seminário no Palácio do Planalto.