Integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos que ainda participavam da Comissão de Direitos Humanos e Minorias decidiram se retirar do colegiado. Os deputados Jean Wyllys e Chico Alencar, ambos do Psol-RJ, e Luiza Erundina (PSB-SP) já haviam tomado a decisão. Nesta quarta-feira (17), foi a vez dos deputados do PT Erika Kokay (DF), Padre Ton (RO), Nilmário Miranda (MG), Luiz Couto (PB), Janete Rocha Pietá (SP) e Domingos Dutra (MA) seguirem o mesmo caminho. A decisão se deve à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão.
Leia Mais
Marco Feliciano pede reforço na segurança para reuniãoFeliciano é alvo de mais uma manifestação na CâmaraPai do vocalista do Mamonas vai processar FelicianoComissão adia escolha do relator da Lei de Diretrizes OrçamentáriasPRB quer Marco Feliciano e aposta em efeito "Tiririca" em 2014Viúva do piloto critica pastor por fala sobre MamonasPolêmicas de Feliciano dão fama a OrlândiaDeputados querem votar em 30 dias mudanças na Lei Eleitoral para 2014Comissão de Direitos Humanos vai acompanhar investigações sobre a Operação EldoradoEvangélicos pedem saída de Genoino e Cunha da CCJ"Estamos reafirmando nossa decisão e nossa luta para que possamos devolver a Comissão de Direitos Humanos ao povo brasileiro”, disse Kokay. “Queremos instar as lideranças partidárias para que se sintam responsáveis pelo que está acontecendo na comissão", complementou.
No início do mês, em reunião com os líderes partidários da Câmara, Marco Feliciano afirmou que não deixará a presidência do colegiado.
Relatoria questionada
A frente também vai pedir ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que reveja o despacho de projetos em tramitação no colegiado. Jean Wyllys cita como “desrespeito” a oferta feita por Feliciano da relatoria da proposta (PL 4211/12) que trata da regulamentação da prostituição e do enfrentamento da exploração sexual de mulheres e crianças para o deputado Pastor Eurico (PSB-PE).
Paralelamente às ações contra a permanência de Feliciano na presidência da comissão, a frente manterá, segundo seus participantes, uma agenda de interlocução com os movimentos sociais em defesa dos direitos humanos. Entre as iniciativas previstas, está a realização do 10º Seminário LGBT no Congresso Nacional, que discutirá a liberdade de crença religiosa.
Com Agência Câmara