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MST bloqueia 12 pontos de rodovias de PEMST faz ações em memória das vítimas de CarajásMST protesta por assentamento em todo o PaísJustiça manda MST desocupar fazenda da CutraleMST faz oitava ocupação em PernambucoNo interior de Pernambuco, além do interditar 12 rodovias, o MST ocupou as prefeituras de Goiana, na região norte, e de Moreno, região metropolitana de Recife. Em Eldorado dos Carajás (PA), local do confronto que resultou na morte dos sem-terra, cerca de dois mil militantes interditaram a rodovia PA-150, na altura da curva do S. Também foram bloqueados cinco trechos da BR-463, em Rondônia, e duas rodovias no interior de Maranhão. Houve ainda bloqueios em Sergipe e no Piauí. Em Fortaleza (CE), os manifestantes ocuparam a sede do Departamento Nacional de Obras Conta as Secas (DNOCS). A sede do Incra foi ocupada em Goiânia.
Via Campesina
Em Porto Alegre (RS), a Via Campesina manteve acampamento no pátio dos prédios da Receita Federal e do Incra, no centro de Porto Alegre, ao mesmo tempo em que promovia manifestações em outras áreas da cidade.
O grupo de centenas de militantes de movimentos como o dos Sem-Terra, Pequenos Agricultores, Atingidos por Barragens e Mulheres Camponesas, entre outros, dividiu-se em diferentes frentes. Uma delas permaneceu diante dos prédios públicos federais, o que impediu funcionários e usuários de entrar nas repartições. Outra seguiu para a sede da Secretaria Estadual da Educação, tomou o saguão do prédio e só saiu depois de seus representantes serem recebidos pela secretária-adjunta Maria Eulália Nascimento para apresentar reivindicações. A terceira se deslocou para a sede local da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no bairro São Geraldo, onde a manifestação foi de apoio à atuação da empresa. No início da noite, a mobilização prosseguiu com uma passeata por ruas centrais da cidade.
Entre as reivindicações que a Via Campesina tem feito aos governos federal e estadual e reforçado com as manifestações públicas está a criação de uma política nacional camponesa voltada para os pequenos agricultores e assentados da reforma agrária, com programas de infraestrutura, assistência técnica, saúde, moradia, escola e saneamento básico. O movimento também quer aceleração da reforma agrária e escolas adequadas à demanda dos assentamentos.