O escolhido substituirá, a partir de agosto, o atual procurador-geral Roberto Gurgel, que ganhou notoriedade após a condenação de 25 réus no processo do mensalão. A disputa ganha contornos políticos porque o novo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá ter como encargo cuidar de casos criminais de destaque, como a apreciação de recursos do julgamento do mensalão do PT, do mensalão mineiro e da denúncia contra o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Único candidato a contratar uma assessoria de imprensa, Janot defendeu, em entrevista à Agência Estado, que o Ministério Público (MP) "restabeleça as linhas de diálogo" com outros órgãos. "A instituição está vivendo, isoladamente, de outros Poderes", afirmou. Ele também se disse a favor de distribuir as funções do procurador-geral com demais integrantes da categoria e de um aumento na transparência das ações do chefe do Ministério Público Federal (MPF), com o acesso do cidadão a investigações e denúncias que não tiverem sob segredo de Justiça. O novo procurador-geral ficará no cargo até agosto de 2015. Pela primeira vez, a eleição feita pela ANPR contou com a realização de cinco debates - a disputa anterior, dois anos atrás, teve apenas um debate.